Frango na Sauna (Parte 2)

Por: Mona Vilardo

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E foi nos últimos dois meses que o inusitado me pegou de frente. Uma crise de estafa acompanhada de uma crise aguda de ansiedade. Entrei para as estatísticas do mal do século?

Logo eu? Quem programou isso aí para mim? Em qual compasso estava escrito que isso ia acontecer? Essa aula de música eu perdi…

É, Mona…. Essa nota tá escrita no compasso da vida, que nunca dança conforme a música!

Como sempre, é importante ver os dois lados de tudo…. Atualmente me pego repensando em muitas situações. Não questiono a minha seriedade nas coisas que faço, que trabalho e que escolhi para viver, mas comecei a questionar o quanto me faz mal a culpa que me imponho quando algo sai diferente do que eu imaginei.

Logo eu que sou tão leve para os outros, para os amigos e familiares. Comigo mesma eu não sou assim, nunca fui. A leveza passa longe quando o assunto é olhar para dentro de mim.

Terapia, acupuntura, muita insônia, taquicardia e homeopatia estão sendo meus companheiros nesse momento de transição, eu diria.

Meu olhar está sendo modificado em relação às minhas escolhas e caminhos, ter tempo para fazer nada é tão importante quanto ter tempo para tudo. E a minha mais nova aliada nas noites de domingo é uma sauna bem quente no final do dia.

Escrevi esse texto logo depois de chegar do meu momento de sauna. Dentro da sauna tinha um frango para ser descongelado – de uma simpática vizinha minha.

Olhei para o frango e pensei: seria tão bom se as coisas inusitadas da vida fossem leves e engraçadas como esse frango aí dentro!

Mas não é, e a gente demora a aprender isso. Normalmente a gente aprende na doença, na marra…

Volto a escrever hoje aqui, me cobrando menos (pelo menos tentando), e o frango foi um prato feito para minha criatividade e, claro, para o jantar pós sauna.

Espero que eu aprenda cada dia mais que o inusitado existe, seja dentro da sauna ou dentro da minha vida.

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