A pequena grande libélula

Por: Priscila Menino

A pequena grande libélula

Observei uma pequena libélula voando.
Suas asas reluzentes e iridescentes, pareciam ter todos os tons do arco íris.
Asas tão finas, mas tão potentes que sustentavam a criatura, permitindo-a fazer as suas peripécias no ar.
Mas ela também pousava na água, se banhava na superfície e voltava novamente ao ar com voraz rapidez.
Que graciosidade ela tinha de ir do elemento água e voltar para o elemento ar sem aparentar grandes esforços ou dificuldades.
O vento rugia, mas ela permanecia ali, intocável, resiliente, seguindo o seu caminho.
Observei mais um pouco, percebi seus grandes olhos, que me fitavam com bravura e destemor.
Há crenças que acreditam que a libélula é presságio de momentos de paz, alegria e transformação.
Outras, por outro lado, acreditam que sejam associadas às bruxas.
Que intrigante criaturinha, tão pequena, mas tão cheia de mistérios místicos e controvérsias.
Em um súbito tapa, um senhor a tentou tirar de perto, dizendo: “que inseto impertinente”.
Pensei comigo: “pobre criatura, se observasse atentamente, veria a beleza deste tal inseto e a importância da libélula para a cadeia natural, pois é uma grande predadora das moscas na natureza”.
Acabei julgando aquele senhor com aquele meu pensamento e notei o quanto é necessário deixar a mania de ter opinião sobre tudo.
Aprendi tanta coisa naquele rápido episódio.
Naquele instante tive ainda outra lição, vi que há diversos pontos de vista, e o que, para mim era pura beleza e tradução do criador, para aquele senhor era um importunação.
Mas, acima de tudo, aprendi com aquela adorável criatura a não me importar com a opinião daqueles que não veem a sua beleza e sua essência tão leve e graciosa, ela simplesmente seguiu seu caminho, batendo suas asas levemente e alegremente.
Respirei fundo e agradeci por estar atenta naquele momento, observando a cena como uma tela e aprendendo com a sincronia da vida.

Por Priscila Menino


Créditos da imagem: Pixabay

Deixe um comentário