Setembro

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Por: Diogo Verri Garcia

Setembro bom, que de vez o inverno espanta.
Já torna longas as tardes, encanta
Todo aquele que observa um jardim de setembro.
É tempo
Do arvoredo quedar-se exulto,
Envolto em flores, em chão de colorido tumulto,
Que dura até meados de novembro.
Setembro, o vento frio cá já não sopra mais o rosto,
É mais quente que o último agosto,
Tão bom como sempre me lembro.
Calor competente, o ambiente torna o corpo suado,
O suficiente para o chope gelado
– bebida frequente no vindouro dezembro.
Setembro, que em Lisboa faz frio ao fim de tarde,
Que no Rio traz o sol, que vem matar a saudade
– desço do voo, e segue quente o desembarque;
Em Porto Alegre, perde-se do inverno cinza o fomento.
Setembro, que mês bom – só não melhor do que dezembro,
Em que o verão traz expansão, prolonga o tempo.
Quando o amor ainda é amor, e não destempo,
Tal qual o será, tal qual em um mês…

(Diogo Verri Garcia, Belo Horizonte, 01/09/2018)

*poesia autoral


créditos da imagem: Nauana Macedo (leitora). Templo Zu Lai. Cerejeiras. Arquivo Pessoal. Set. 2018.

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