Trigésimo Segundo Tempo
Por: Diogo Verri Garcia
Quando chega perto a hora
Em que o dia outra vez se aproxima,
O tempo é o tempo, que não corre: assenhora.
Fez-se velha, a passagem que ontem era menina.
O relógio bate vinte e três,
Cria-se a expectativa pela hora derradeira a chegar
Assombrando chega, outra vez, minha vez.
Cursando, passa: o tempo, arredio, sem cessar.
Pavilhões de vida se estreitam, torneando a cabeça.
O eterno e longo ano, hoje vejo: foram segundos.
Logo se farão presentes os que o gracejo mais se mereça,
Os mesmo que não saberei por quantas tardes mais estarão no mundo.
Na infinita data, pensam até meus pensamentos,
Que tem suas próprias reflexões, que fazem em si sua terapia.
Como passa o tempo, passa hora, passa ano, passa dia.
Passam as alegrias – que deixam alentos; porém passam também os maus ventos.
No prédio vizinho toca em piano uma melodia, hábil como vitrola,
Um cântico de som bonito, feito as canções que bem rimam.
Cuja letra não sei quem fez, qual o tom, se de hoje ou de outrora
Quando tento perceber, a canção cessa:
Segue-se silenciosa pausa; em seguida, uma nota de choro (humano) cristalino.
Mas me volto para a hora que se assemelha,
Semelhante aos pensamentos que são só meus.
É o único dia em que penso constantemente no tempo,
Somado às escolhas, ponderando as provações, aquilo que Deus deu.
Os que fartamente sorriem, aqui sei: são sinceros.
Pelo menos esta é uma particular parte de mundo sem maldade.
Em que os abraços apertados são felizes, os votos de paz têm pazes.
E, o amor incondicionalmente subscrito, eu assevero.
Como um curso d´água, corre o tempo,
Em tal feliz roda da vida.
Lembro quando era pequeno guri, o menor menino,
Em data parelha, vi, longe no céu, pontos de luz que alguém compôs
Como passa… rápido o tempo corrente, esvoaça feito pó fino,
Na imagem que, na ambiental lei, emolduraria o quarenta e dois.
No período a mais que se transpassa,
espero ter feito nenhum mal, só bem.
Ainda pensante, preencho a taça.
Enfim, cá estão todos: parabéns.
(Diogo Verri Garcia, Rio, 24/10, de 1986 – digo, de 2018)
*Autoral
Créditos da imagem: arquivo pessoal
Felicidades, Diogo!!! Aos 32, 33, 34 ….pra sempre!
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