O que se vê só nos olhos
Por: Diogo Verri Garcia
Sobre os olhos que não falam
E imaginam tudo da falsa verdade.
Não serenam, mas se calam,
Repercutem agudos, mudos,
esclarecidos, sem sinceridade.
Despejam sobre outros olhos, sem calma, todo rancor,
Tudo de súbita vez.
Transcendem a olhares agressivos,
Aqui já apreendidos, tal como já perceberam vocês.
Se os olhares não fossem surdos,
Ouviriam os sons do mundo,
O que há de real a ser reconhecido.
Sem julgares, fossem só olhares,
Olhariam, menos vulgares, mais apercebidos.
Menos desaforados, mais envaidecidos.
(Diogo Verri Garcia, Rio, 12/11/2019)
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