Os Verdadeiros Castelos

Por: Bianca Latini

Os Verdadeiros Castelos

Não gosto de mesmice
Muita coisa deste mundo, pra mim, é tolice
Dinheiro, dinheiro, dinheiro
Ganhar, perder, reter e ter cada vez mais
Catalisador da vida em looping
Opressor de nossas expressões mais verdadeiras
Se nos apegarmos, viveremos sempre em precipício
Com medo de despencar e jamais voltar
Com medo de não sobreviver
De não pagar contas, de não ser gente
E viver como indigente
Esse pedaço de plástico, papel
Por nós, transforma-se em
Respeitoso Quartel
Quartel General
Ditando nossos ritmos
Engendrando nosso tempo
Costurando nossas artes para que se calem e nada falem
Para não despertarmos o rebanho
Para continuarmos, a dele, fazer parte
O mote é não acordar do Sonho, da Ilusão
Somos levados a acreditar que os NOSSOS sonhos mais íntimos, guardados a sete chaves, é que são tolos, fúteis, inservíveis
Matamos nossas sementes, antes mesmo delas sequer começarem a germinar
Praticamos aborto logo nos primeiros sopros de vida
Embora defendamos Leis protetoras do mundo externo
Corrompemos, fissuramos, rachamos e, por fim, desmoronamos nossos profundos castelos, que parecem irreais
Mas não são!
Eles sim: nossa verdadeira riqueza, ainda que etérea
Eles não precisam de paredes, torres, calabouços
Eles existem por si mesmos
Carecem de entendimento
Existem apenas no Sentir…
Saibamos NÓS nos PERMITIR

Por Bianca Latini


Créditos da imagem: Pinterest

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