À Zero Hora
Por: Diogo Verri Garcia
O tempo é estampido
Quando o relógio vira,
Os fogos queimam e ascendem,
Um novo tempo almeja-se,
Os festejos transcendem.
Percebemos que doze meses atrás
Um pouco de mais era almejado.
Também fizemos promessas.
Talvez menos ou mais festejado.
Mas nada mudará; talvez tudo mudou.
Certamente um reluto, e o entusiasmo vigora como a mola da alma.
O propósito é como o vapor, um foco resoluto.
Engaja e impulsiona,
e vistas as resoluções, acalma.
Com o mesmo entusiasmo de hoje,
Doze meses atrás, era esperado o momento.
Como se um algo novo bastasse, pondo finda a vigência do que houve em outrora.
Por si, nada muda: a intencionalidade é irmã do tempo.
Mas já basta, a vida passa.
O relógio soa: zero hora.
(Diogo Verri Garcia, Rio, 29 de dezembro de 2018)
Créditos da imagem: pixabay