Por: Diogo Verri Garcia

Ser poeta
é um sentimento engraçado
Que apreende a pequenez do muito
e dá razão à grandeza dos traços
de versos que havia
Onde nada mais existia.

A obra dele tem condão
no porquê descompassado
de dar tão certo.
De tratar-se no simbolismo do acerto,
E quedar-se desperto,
Por sublimar a riqueza,
Que os torna versos bem mais
Do que as razões de quem tem só tudo mais,
Mas traz a alma vazia.

Do trabalho seu,
de subjetivação corpulenta
há seja o que nos desorienta, seja o que dá resultado.
Quer formalizando o anverso,
Quer formulando o retrato
Da imagem que a razão de si faz
Quando a vida argumenta;

Na franqueza que traz
já no décimo quarto,
não dá estrofe do verso,
mas no confinamento de um peito apertado.
Encontrado no março
que só apreende a quem se ama.
Pois é o que cabe, é o que jaz.
Há trama, há drama
E uma forma a mais de haver poesia.
Que só não compreende
Quem tem a alma, de todo, vazia.

(Diogo Verri Garcia, Rio de Janeiro, 14/03/2021 –
Dia Nacional da Poesia)


Créditos da imagem: Arquivo pessoal (14/03/2021)

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