A linha tênue entre empenho e abusividade

Por: Priscila Menino

A linha tênue entre empenho e abusividade

Li uma matéria da BBC que contava que uma artista plástica chamada Gillian Genser levou 15 anos pra finalizar uma escultura chamada de “Adão”.
Na obra, ela usava conhas de mexilhões azuis lindas, que julgou ser um material excelente e apropriado para se trabalhar.
Insistentemente, ela sentia dores de cabeça e náuseas, mas ainda assim persistia em finalizar sua obra.
Não podia acreditar que, coincidentemente, a sua doença inexplicavelmente “auto imune” teria iniciado no mesmo período que iniciara a sua obra prima.
Não percebeu que a obra levou anos de vida vital, pois estava a envenenando em decorrência do acúmulo de metais pesados presentes nos insumos que usava na escultura, pois estava muito engajada em finalizar aquele trabalho iniciado.
Refleti então em quantos Adãos há nas nossas vidas sem que percebamos?
Quanto espaço damos para coisas tóxicas que nos deixam levar a vida sem que tomemos coincidência disso?
As vezes a linha entre empenho e abusividade é muito tênue e nos deixa meio perdidos, como se estivéssemos fora de nós mesmos.
Por isso é preciso estarmos atentos a pequenos grandes detalhes, se há algo que tira a nossa paz, não é saudável.
Cuidemos antes que levemos 15 anos para perceber o quanto a vida se esvaiu.
Se precisar, busquemos ajuda, mas, de maneira alguma, de jeito algum, deixe que nada leve a energia vital tão relevante pra viver na plenitude mais elevada.

Por Priscila Menino


Créditos da imagem: Unsplash

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