Clássicos da Literatura: Murilo Rubião

“- Moço, oh! Moço! Moço, me dá um cigarro?Ainda com os olhos fixos na praia, resmunguei:

– Vá embora, moleque, senão chamo a polícia.

– Está bem, moço. Não se zangue. E, por favor, saia de minha frente, que eu também gosto de ver o mar.

Exasperou-me a insolência de quem assim me tratava e virei-me, disposto a escorraçá-lo com um pontapé. Fui desarmado, entretanto. Diante de mim estava um coelhinho cinzento a me interpelar delicadamente:

– Você não dá é porque não tem, não é, moço?”

(Teleco, o Coelhinho – de Murilo Rubião)


Créditos da imagem: Unsplash

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

%d blogueiros gostam disto: