Quando?

Por: Mauricio Luz

Quando?

Há poemas que são gritos
Cristalizados em verbos e advérbios
Palavras que ferem como farpas
As máscaras que uso e me usam
Suave violência de versos
Como a planta que rompe concretos
Os gritos me lembram o que sou
Me dão pistas do vim aqui fazer
Mas… apesar de altos e vibrantes
São abafados pela surdez causada
Pelas rotinas aceitas e pelas contas mal-pagas

“Pare de gritar comigo, Poesia!”

“Eu sei como agir! Eu sei como ser!”

“Só não posso hoje! Só não posso agora!”

“Amanhã eu começo. Amanhã eu faço. Amanhã eu me torno.”
“Como eu te disse ontem.”
“Amanhã… Amanhã…”

Mauricio Luz


Créditos da imagem: Pixabay

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