Por: Mauricio Luz

Apressada, ansiosa
Caminha pelo labirinto de concreto
Quando repentinamente… desperta.
Sem aviso prévio ou advertência
Sente o ar invadir os pulmões
E o prazer da respiração invade seu ser.
Seus passos, ela sente seus passos!
Sente cada músculo e tendão que se encolhe e estica
Em uma harmonia misteriosa e bela.
Uma planta abusada ousa quebrar a mesmice do cinza.
Busca o Sol e o saúda.
E ela percebe a beleza, a força da suavidade da Vida.
Seus olhos… o que aconteceu com seus olhos?
Por que tudo está tão mais claro, tão mais colorido?
E seu coração, antes tão silencioso!
Por que cada batida soa tão alta, tão profunda, tão vibrante?
Ela para, estaciona, olha para si mesma.
Ela sente.
Sente o mendigo que clama a caridade alheia,
E o executivo alheio ao mundo à sua volta.
Sente o beijo dos amantes, o hálito do bêbado,
A fé do crente e do descrente.
Lágrimas correm pelo seu rosto,
Limpam o que dela tinha sobrado.
Nada o que ela foi tinha restado.
E agora ela se tornou Tudo.

Mauricio Luz


Créditos da imagem: Pixabay

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