Por: Alvaro Assis.
Eu fico daqui imaginando palavras
Juntando fonemas que não se arrumam
Consoante, vogal, consoante, ditongo…
Eu olho pra sua cara e a letra se cala
Eu beijo fundo seus lábios e o vocábulo se desusa
E como um jogador, sem uma das pernas,
A caneta cega, depois da mente falir
O teclado se apaga, o idioma padece
E as mãos desaprendem a caligrafia mais simples…
Bê com á faz…?
E, com o resto da lira que tenho, escrevo estas sobras
Pois, em sua presença, o poeta se desfaz
Sem ter maneira digna de expressar palavra que te valha.
(Alvaro Assis)