A metamorfose do silêncio
Às vezes o silêncio vale mais do que mil palavras. Torna-se o grito mais alto.
O som que contagia a melodia se disfarça em pausas. Em constantes inspirações a arte respira. Inspira. Infla. Pira. Esvazia. Preenche. Completa. Surge a música do compasso desfeito. O poema do papel abandonado. A dança do sono estático. A pintura do quadro desbotado. Fartura.
O vazio se transforma. E a arte-resposta revive. Da voz da própria boca-muda, Que ao falar colore o mundo.