Categoria Diogo Verri Garcia

A mais tenaz calma

Por: Diogo Verri Garcia Quando não sei ao certo O que é certo, O que vai dar certo E o que restará parado se algo der errado. É o momento que mais inquieta Quando causa silêncio o excesso de coisas que repetem e acontecem quando só resta prece para devolver o real silêncio. Quando totalmente […]

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Os miradores

Por: Diogo Verri Garcia Havia um monte em que todos iam. E a um prédio mais alto, feito um mirador, Para ver a altura em que a chuva molhava, Pouco lhes importando se quanto mais alto a friagem chegava, Pois o pisco causava calor. Nela, meus olhos encontravam o frio. Entregando um clima nem um […]

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O Carioca Hipotérmico

Por: Diogo Verri Garcia Protegei-me, alguém, do tão frio incauto Que flagela e traz maus-tratos À medida que esfria. Eis que logo aos quinze graus, Carioca já sofre hipotermia. Não vejo razão nos que acham esse agorento frio, no Rio, tão fofo. Não há lareira em minha sala, Devo descer roupas quentes da mala, No […]

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Sobre Poetas e Balastros

Por: Diogo Verri Garcia A hora passa. Pouco fiz nesse último quarto de hora, Na última meia hora, No último dia. Que rapidamente se assenta. Mas antes de parar, ele dispara. É veloz, feito projétil que vara E desorienta. As poucas palavras que, hoje, nem no papel contive, São fruto das questões, das ponderações sobre […]

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O que vai além das Colheitas

Por: Diogo Verri Garcia Saiba dar a mesma desimportância Que outros e tantas circunstâncias Na vida vão lhe dar. Não dedique estoque para palavras alheias Pois nem no plantar, nem nas colheitas, Os calos que são teus, poderão suplantar. Não percas a tua elegância, Nem te ponhas em inconstância Com as certezas que na alma […]

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Café em O’Higgins

Por: Diogo Verri Garcia A história de uma história vazia Tal como a noite que termina entrepassando clara, Com a escuridão entrecortada Tão logo vem a sombra da luz, clareando a via. Iluminando arvoredos, Retirando da sombra os ramos e os gravetos Fazendo o monte em frente mais claro, A rua, mais cheia; A temperatura, […]

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Alma Mater (o que não esclarece)

Por: Diogo Verri Garcia Alma encantada pela alma Que de rubor lhe aparece. Sem tal alma, não haveria nada. Nem sombra na luz, nem alvorecer que espairece. Carrega a minh’alma pesada, desafinada, em um desarranjo a cumprir. Uma alma engarrafada, Já tão desafiada por ti. Mas o que faz uma alma prezada, Que não se […]

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El puente de Santiago

Por: Diogo Verri Garcia Sólo mirar las tinieblas al lado. No hay ninguna luz, Pero de lo alto En el reposo nocturno, es clara la nieve. Pasando por ella, veo. Y sé que llegué a Santiago. Cuando abren las puertas y atravesa el frío, llegando al interior del alma, Hacer la paz de calma helada. […]

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Poema às pressas

Por: Diogo Verri Garcia Somente preciso fazer um poema, Pois me fiz esquecido da data certa Ou mesmo tão ocupado, sem mal ter dormido Sem tampouco poder ter parado, em um esforço aguerrido, que passou por mim, passado e batido, o momento que o verso esperava de porta aberta. O verso esperou e cansou, eu […]

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Pontuações

Por: Diogo Verri Garcia Um ponto parou frente ao fim da frase, Sem base para tornar-lá um conto, Sem instrumento para constitui-la em algo que bastasse. Nem crase socorria-lhe ao encontro. Até que aos poucos, outros pontos juntaram, vieram palavras novas, pontuações, que chegaram meio fora de hora, Mas formaram algo grande, pois não buscavam […]

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